segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dilma vira nome de favela que não tem redes de esgoto, água, energia e coleta de lixo

Entre a calma de um imenso matagal e a barulhenta BR-465, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, um punhado de 15 casas de tijolos à mostra e fiações expostas tenta ser lembrado pelo poder público. Encostados a pouco mais de um metro da estrada, num lugar em que rede de água, esgoto ou mesmo coleta de lixo só existem nos sonhos, os moradores fizeram há um mês uma tentativa a fim de buscar visibilidade para os próprios problemas: a favela, antes sem nome, ganhou o apelido e a placa “Comunidade Dilma Rusself”, assim com direito à adaptação do sobrenome búlgaro da presidenta Rousseff. Ali, água e energia chegam graças a ligações clandestinas. Os fios desencapados fizeram uma vítima, que foi eletrocutada durante uma chuva de janeiro. O esgoto corre a céu aberto, cada casa com sua fossa. Bem próximo, alguns levantam suas pequenas plantações de aipim, acerola, pepino ou qualquer outra coisa que puder brotar daquela terra. O lixo é queimado ou jogado num rio relativamente próximo. Não há residências com escrituras, comprovante de residência e nem pessoas com trabalho de carteira assinada. A favela também não consta no cadastro de comunidades da prefeitura. (O Globo)

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Vereador Bili Machado.